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Case GMC | VALE: Melhorar a Eficiência Energética na EFC

DESCRIÇÃO DO PROBLEMA

A Vale está buscando se consolidar como uma mineradora premium gerando mais valor aos seus acionistas que seus concorrentes globais. A pergunta é: Como ela irá fazer isso? A empresa vai fazer isso baseado em 4 pilares estratégicos: Performance, estratégia, governança e sustentabilidade.

Olhando especificamente o pilar performance e para o maior negócio da companhia, minério de ferro, o foco é total em margens. A margem é composta pela diferença do preço de venda, onde buscamos ter o minério de melhor qualidade e consequentemente melhor preço, e os custos de produção, onde existem diversas iniciativas com foco na redução do custo e levará a Vale a ser competitiva independe do nível de preços praticado no mercado. Como não temos muita influência no preço do minério, é natural um maior foco na redução dos custos.

O Sistema Norte é responsável por mais da metade de todo o volume de produção de minério de ferro da companhia, por isso ações de redução de custo nesse sistema têm um maior impacto. Ele é composto por três grandes operações, mina, ferrovia e porto, e nas operações de ferrovia o maior custo de operação é com Diesel. Então reduzir o consumo de Diesel melhorando a eficiência energética é estratégico para Vale.

A redução do consumo de Diesel diminui os custos de operação, tornando a empresa mais competitiva e aumentando as margens, além de reduzir as emissões, tornando a empresa mais sustentável.

CAUSAS DO PROBLEMA

O Sistema Norte é responsável por mais de 51% de todo o volume de produção de minério de ferro da companhia e em 2020 será mais de 57%.

O ciclo de crescimento da produção que aconteceu nos últimos anos está chegando ao patamar de regime. As várias mudanças nos processos por esse ciclo de crescimento geram diversas ineficiências, além de existir uma mudança clara no foco de atuação de produção para produtividade.

Os trens tinham mais potência para levar mais peso e em maior velocidade, os procedimentos de condução buscavam a máxima utilização do ativo e os processos estavam ajustados para produzir mais, porém com baixa eficiência.

ALTERNATIVAS PARA SOLUCIONAR O PROBLEMA

  • Revisar orientação de procedimento para o trem Vazio;
  • Criar Manual de Tração (MT) para o trem Vazio;
  • Revisar procedimento (MT) do trem carregado;
  • Criar procedimento de economia;
  • Criar um procedimento para cada tipo de trem;
  • Depower das locomotivas EVO;
  • Desligar RC nos trens AC (Alta Potência) e Misto Vazios;
  • Desligar RB nos trens AC (Alta Potência) e Misto Vazios;
  • Trem Misto com 1 AC (Alta Potência) + 2 DC (Média Potência);
  • Isolar locomotiva comandada no trem DC (Média Potência) Carregado;
  • Linkar comandada e desligar RB do DC (Média Potência) Vazio;
  • Orientar CCO para evitar parar em pátios críticos;
  • Evitar gargalos operacionais próximos aos pátios críticos;
  • Alterar pontos de paradas programadas para locais com menor consumo.

SOLUÇÕES QUE FORAM IMPLEMENTADAS

  • Revisar procedimento simplificado do trem Vazio;
  • Revisar procedimento (MT) do trem carregado;
  • Desligar Remota B nos trens AC (Alta potência) e Misto Vazios;
  • Orientar CCO para evitar parar em pátios críticos;
  • Alterar pontos de paradas programadas para locais com menor consumo

PLANO DE AÇÃO IMPLEMENTADO

O plano de ações foi iniciado com as ações de testes dos novos modelos de trens com potência reduzida e locais de paradas que aproveitavam melhor a inércia do trem. A medida que os ganhos das ações foram sendo validados elas foram escalonadas para o plano de ação em larga escala e iniciada as ações menores com ajustes nos procedimentos e mitigação dos efeitos colaterais das ações do teste piloto.

GANHOS OBTIDOS

  • Redução no consumo de 14.108.150 de litros e 28.761 toneladas de emissões de CO2 evitadas.
  • Reforço da cultura de eficiência energética na equipe e a consolidação da EFC (Estrada de Ferro Carajás) como benchmark de eficiência energética nas ferrovias do Brasil.
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