É fato que as tecnologias estão cada vez mais inseridas em nosso cotidiano. A internet tem revolucionado o acesso à informação, diminuindo distâncias e mudado as formas de relacionamento entre os indivíduos. Mas não para por aí: esses avanços tecnológicos estão chegando às indústrias tradicionais, prometendo revolucionar novamente o cenário mundial.
Provavelmente, você já deve ter ouvido falar sobre o termo “Internet das coisas (IoT)”, que, segundo a Wikipedia, “é uma rede de objetos físicos, veículos, prédios e outros que possuem tecnologia embarcada, sensores e conexão com rede capaz de coletar e transmitir dados”. Na prática, é uma extensão da Internet como conhecemos aplicada aos objetos que utilizamos em nosso dia-a-dia, permitindo a estes que se conectem à rede mundial de computadores.
A internet das coisas tem possibilitado às indústrias tradicionais uma produção mais eficiente e com foco no consumidor. Essa aplicação é chamada Indústria 4.0.
Para falar sobre o assunto, na manhã de hoje, dia 06/04, a UBQ, em parceria com a KAILAB Consulting, realizou o Debate UBQ | Estratégias e Desafios para a Implementação da Indústria 4.0 no Brasil, que contou com palestra de Marco Nitti, fundador e consultor sênior da KAILAB. Marco retornou recentemente de visitas de benchmarking na Itália e no Japão, focadas na implementação dos conceitos da Indústria 4.0 em fábricas de pequeno e médio porte.
Durante sua exposição, o palestrante mostrou que o Brasil anda a passos lentos em relação à essa nova realidade, mesmo tendo todo o potencial para sua implementação. Com 139 milhões de dispositivos conectados, o Brasil está entre os 20 países no mundo com maior penetração da internet. De toda forma, a implementação não será um trabalho fácil: É preciso definir os objetivos estratégicos o Brasil quer alcançar com a Indústria 4.0, além de promover na indústria nacional a mudança de paradigmas e a criação de competências necessárias para essa transição. Outro fator influenciador é a que a digitalização pode tanto revelar os bons resultados das organizações como amplificar suas fragilidades. Por outro lado, nosso país tem se preocupado com a segurança da informação, item importante para a implementação.
A FIEMG já tem planos para alavancar essa implementação em Minas Gerais. Está em processo de estruturação o Centro de Treinamento para a Indústria 4.0, focado na educação de jovens estudantes e executivos de grandes indústrias, por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). O Centro pretende fomentar a troca de experiências e tecnologias, assim como formar profissionais do futuro e a expectativa é de que entre em operação no início do ano que vem. Ricardo Aloysio, gerente de educação para a indústria da FIEMG, participou do Debate e ficou muito satisfeito com o evento. “Muito do que foi abordado pelo palestrante está alinhado com o que estamos propondo para o Centro de Treinamento”, afirmou.
Uma equipe de colaboradores da Petrobras também marcou presença e elogiou a iniciativa da UBQ. “O interesse da Petrobras/REGAP em participar desse evento é se inteirar dessa transformação digital, já que a empresa tem iniciativas para implantação da Indústria 4.0”, comentou o Gerente Geral da REGAP, José Alexandrino.
Comentários
Seja o primeiro a comentar!