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UBQ faz 40 anos – Os desafios da meia idade

A vida se divide aos 40 anos entre o antes e o depois, dizem os médicos oftalmologistas. E que, aos 40 anos, se instala a presbiopia, aquela condição em que os humoristas se queixam de braços curtos. Para ler, você precisa levar o texto bem longe dos olhos. A prescrição de óculos para perto resolve bem o problema, mas cria outro: denuncia a idade, por mais Botox que se use. E, por isso, muitos resistem à ideia de uso dos famosos óculos de leitura, especialmente as mulheres, por razões óbvias. É comum, nesse momento, a famosa crise da meia idade: casamentos são refeitos, projetos de vida sofrem grandes alterações.

 Mutatis mutantis, de pessoas para empresas, essa é a fase de vida pela qual passa a UBQ, uma senhora que agora completa 40 anos. Fazendo uma retrospectiva de sua vida, Madame UBQ fala com grande orgulho do seu papel proeminente na promoção da qualidade em Minas e no Brasil.

Ela destaca que acompanhou e contribuiu como protagonista no desenvolvimento da qualidade, da produtividade e da competitividade no cenário nacional, articulando iniciativas e conectando organizações e pessoas que acreditavam e acreditam no poder da melhoria e aprendizados contínuos. Esteve dentro e fora das organizações colaborando na implantação e manutenção de programas da qualidade e, principalmente, reconhecendo e premiando as boas práticas empresariais. Congregou e ainda reúne profissionais notáveis, dedicados a promover e compartilhar aprendizados e construir uma sociedade melhor, mais justa e próspera.
Nesses 40 anos, a UBQ estruturou e realizou premiações, reconheceu empresas e pessoas, assim como esteve presente nas pautas públicas, privadas e sociais.

Sua capacidade de congregar pessoas a transformou em um ponto de encontro daqueles que desejam estudar a boa gestão e daqueles que querem compartilhar boas práticas.

Muitas equipes de melhoria contínua representaram suas empresas nos diversos eventos promovidos pela UBQ e celebraram seus resultados de forma coletiva. E toda essa trajetória inspira a UBQ a ressignificar seus ciclos, aprender com seu trajeto e se abrir ao novo.

Quando olha para o futuro, ela não perde seu entusiasmo, mas reconhece que, a deduzir pelas manchetes dos jornais  no cenário internacional, teremos um futuro com muitos desafios e ameaças a curto e longo prazos. A pandemia do Coronavírus já havia desorganizado significativamente a cadeia produtiva global e parece interminável, sem dar sinais de enfraquecimento. Sai COVID, entra Omicron e variantes. E, ainda combalidos, nos vemos expostos às notícias de guerra na Europa, com potencial de extensão a todo o mundo. Mesmo que o estado de guerra termine agora, suas consequências imediatas deixarão cicatrizes que serão sentidas ainda por muito tempo. Muitas cadeias produtivas foram desorganizadas, a inflação mundial é preocupante em todo o mundo, juros crescentes, previsão de desabastecimento em todo o mundo, desemprego. Com tanta notícia ruim, o índice de confiança de todos está em níveis críticos.

Mas, surpresa: o Brasil, país que antes sofria pneumonia quando os países desenvolvidos espirravam, mostra uma saúde surpreendente. Balança comercial positiva, superávit na balança de pagamentos, comodities em alta, dólar no menor patamar e um maciço investimento estrangeiro. Vivemos um ambiente surreal que certamente jamais seríamos capazes de predizer por décadas. 

A UBQ tem confiança neste futuro e trabalha para se adaptar a este futuro desafiador mas também pleno de oportunidades. 

Estamos revisitando nossa missão, nossos objetivos e estabelecendo novos projetos que fortalecerão nossa relação com outras organizações, estruturarão a potencialização da relação entre associados e das oportunidades entre pessoas e empresas que congregamos. Esse reposicionamento busca nos fortalecer como rede e como aceleradora de soluções e aprendizado para as empresas e sociedade.

É neste ambiente desafiador, misto de risco e oportunidade, de transformação digital, Metaverso, inteligência artificial e muitas outras tecnologias, que nos vemos obrigados a fazer constantemente escolhas de Sofia para garantir nosso acesso ao pódio das grandes instituições que sobreviveram e venceram.

E venceram pelo idealismo dos seus fundadores, pela dedicação de sua gestão administrativa, especialmente Valéria e Fátima, e da grandeza de seus presidentes e diretores que nos sucederam. Este reconhecimento é fundamental e rendo homenagens a todos os ex-presidentes, na pessoa de Silvana Rizzioli, que me antecedeu e que incorpora todas as virtudes possíveis de pessoa e profissional.

Parabéns, com muito orgulho, Madame UBQ!

RICARDO GUIMARÃES
Presidente da União Brasileira para a Qualidade – UBQ. Médico, Professor, Pesquisador e Empresário nos setores de Saúde e Educação.,

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