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Palavra do Presidente: Máquinas que pensam – Uma nova era para qualidade

Vivemos um momento de grande transformação em todas as atividades de nossa sociedade e a palavra transformação exponencial é falada e ouvida por todos nós, diariamente. Ray Kurzweil, da Singularity University previu que a era transhumana que vivemos atualmente, homens e máquinas trabalhando de forma sinérgica, mas ainda dominado pelo homem terminaria em meados de 2045 e a partir daí, a inteligência da máquina seria superior à do homem e na era pós-humana viveríamos um universo dominado pelas máquinas. Inicialmente duvidamos desta previsão. Máquinas nunca superariam a inteligência humana pela falta da consciência própria, o que as tornaria sempre dependentes dos humanos. Depois aceitamos o fato mas questionamos a data, seria muito depois de 2045. E hoje, confrontando a diminuição do QI de nossas crianças em comparação com os pais, passamos a acreditar que a era pós humana virá sem dúvida antes de 2045.

Vivemos, portanto, uma era de transformação acelerada, irreversível e as decisões que tomamos hoje, mesmo as pequenas, tem o potencial de definir nosso futuro. Um mundo pouco definido onde as escolhas que fazemos demandam assessoria técnica e talvez um pouco de sorte.

Organizações e pessoas se envolvem no processo de tomada de decisão e devem mais que escolher, criar alternativas de sucesso ou sobrevivência, escolher aquela que se converterá em melhor resultado se executada com qualidade.

Na história da humanidade, vamos encontrar momentos de transformação onde a perplexidade diante de eventos inesperados criava dúvidas sobre qual futuro esperar. E a perplexidade embotava a mente e dificultava a decisão. Vamos lembrar da descoberta e domínio da tecnologia para gerar e usar a eletricidade há mais de 130 anos. Não se sabia para que ela servia e como seria usada para transformar o mundo. E até hoje nós estamos transformando, basta olhar para os carros e aviões que hoje deixam os motores a combustão para usar energia elétrica com mais eficiência energética e menos poluição ambiental, LEDs na iluminação e na tecnologia presente em todos os ambientes, domésticos e profissionais. Se há 100 anos fizéssemos as previsões acertadas destas transformações, e alguns autores de ficção cientifica chegaram perto, seriamos considerados utópicos, sonhadores.

Este é um momento de transformação para a comunidade da Qualidade. Tal como na evolução Darwiniana que não dá saltos, a qualidade das empresas e dos processos se constrói baseada em metodologia, em educação e disciplina contrariando as forças naturais da natureza em direção a entropia, a desorganização.

O mundo evolui, se transforma e empresas e pessoas precisam se adaptar para competir. Para tal precisam do apoio e suporte da qualidade. Crescer rápido ou morrer lentamente, é o bordão do momento.

É nossa responsabilidade responder a estes desafios e também oportunidade de nos transformarmos para que de forma eficiente contribuirmos para a construção desta sociedade 5.0.

A comunidade da Qualidade sabe como é importante aproveitar a crise para redefinirmos este mundo em direção a esta nova sociedade. Vemos a oportunidade. Temos as ferramentas. Temos a responsabilidade.

“Au boulot”, ao trabalho, como dizem os franceses. RICARDO GUIMARÃES

Presidente da União Brasileira para a Qualidade – UBQ. Médico, Professor, Pesquisador e Empresário nos setores de Saúde e Educação. É Diretor do Hospital de Olhos de Minas Gerais, Diretor da Faculdade de Medicina FASEH, Presidente da Fundação Hospital de Olhos, Editor médico da Revista Ocular Surgery News – Latin América, Diretor do LAPAM (Laboratório de Pesquisa Aplicada e Neurovisão da UFMG) e Cônsul Honorário do Canadá em BH.

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